terça-feira, 16 de junho de 2009

O que vi e aprendi em Sana

Nesse feriado de Corpus Christi, fui acampar com meu namorado e mais dois casais em Sana, uma cidadezinha (distrito de Macaé) com muitas cachoeiras, no Rio de Janeiro. Não vou entrar em detalhes sobre a cidade e o passeio, quero apenas contar algumas curiosidades, coisas que vi e aprendi durante a viagem. Ah, e coisas que as pessoas deveriam aprender também.

(Cachoeira do Escorrega, única que conseguimos conhecer)

Para começar: não confie na previsão do tempo! As pequenas pancadas de chuva podem se transformar em chuvas constantes. Resultado: barracas molhadas e nada de passeios ecológicos. Mesmo assim, as melhores épocas para acampar são outono e inverno. É só torcer para não pegar nenhuma frente fria.

No primeiro passeio do dia, entramos em uma lojinha de artesanatos locais. Vimos um objeto diferente e perguntamos para a vendedora o que era aquilo. Não se espante, mas foi exatamente esta a resposta: "Sabe que eu não sei?" Pois éh, se nem ela sabia o que era aquilo, como a loja esperava vender? É essencial que você conheça o que vende e saiba falar sobre o produto e sua serventia. Isso é o mínimo, vamos combinar!

Também no primeiro dia, a moça que negociou conosco o passeio ecológico (que não fizemos) soube vender seu peixe direitinho. Indicou como restaurante o lugar em que trabalha como garçonete. Quando saímos à noite para procurar algo para comer, fomos conhecer o lugar, checar os preços e o cardápio. A dona do restaurante, Cândida, soube nos recepcionar tão bem, sendo tão simpática e solícita, que não só ficamos por lá como voltamos nas outras noites. No primeiro dia, ela prometeu nos dar no dia seguinte um pouco de uma manteiga deliciosa que experimentamos (e até contou a receita). Na segunda noite (Dia dos Namorados), nos "presenteou" com trufas de dar água na boca. Resultado: a cada dia a conta foi ficando mais cara. Mas, mais do que isso, o restaurante conseguiu fidelizar clientes. Saímos de Sana satisfeitos e com uma ótima impressão do restaurante. Nem um pouco surpresos, descobrimos que Cândida é formada em Comunicação e já trabalhou na TV e no Rádio. Pois éh, saber se comunicar realmente faz toda a diferença.

Mas não basta comunicar, é importante comunicar a verdade. É aí que entra nossa grande decepção: a área de camping. Com um tempo de antecedência, procuramos uma para ficarmos. Olhamos o site e ela pareceu ser bem organizada e com o mínimo de conforto (banheiros limpos e água quente) necessário. Fizemos nossa reserva e depositamos metade do dinheiro. Chegando lá, já sabe! O que aprendemos: o site pode ser a propaganda mais enganosa do mundo. Nunca confie totalmente em um! Quando você olha, é tudo lindo e maravilhoso, mas na prática pode ser outra coisa. De agora em diante, chegaremos no local, conheceremos dois ou três campings e escolheremos o melhor. O que os donos do camping deveriam aprender: propaganda enganosa pode trazer alguns clientes, mas não os conquistarão. Pior, além de nunca mais usarem os seus serviços, vão falar mal dele para todos que puderem (Faço minha parte: quando for a Sana não fique no ArtCafé. Não tivemos a oportunidade de conhecer, mas falaram que o Jatobá é bom). Outra coisa que poderiam aprender: investimentos em infra-estrutura implicam em gastos, mas trazem retornos.

E para terminar, o mais óbvio de todos: nada mais verdadeiro que a lei da oferta e procura. Você já viu os preços dessas cidades turísticas? Uma cerveja custa R$ 5, um almoço R$7 (valor único) e um forró R$15. É algo como comprar camisinha em motel (deixo claro que o exemplo é do professor de Marketing da UFJF, Zé Humberto). Ou seja, vá preparado!
No mais, vá com uma boa companhia e aproveite!


(Nós no restaurante Telektonon )

3 comentários:

  1. hahahaha adorei o post! e ri mto da história da vendedora q naum asbia o q tava vendendo!

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  2. Muito massa o post gatinha!
    Na verdade o que me surpreendeu mesmo foi o cachorro que fica horas olhando pra uma lagartixa na parede, hehe.
    De qualquer forma, vale o ditado: "vivendo e aprendendo, errando e se fu#$%#@".
    Nos próximos estaremos mais bem prepardos, pode apostar!

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  3. Ai, amiga... tenho que confessar que o exemplo "do seu professor" foi o melhor. Meio empatado com a moça que não sabia o que vendia. Ai!

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