domingo, 20 de setembro de 2009

Marketing é problema de quem?

Isso mesmo! Este post foi um pouco (ou muito) influenciado pela programação do Seminário Integrado de Soluções em Comunicação e Marketing (Siscom), que aconteceu neste final de semana, em Juiz de Fora, e pelas leituras que ando fazendo para minha monografia.

Quem foi ao Siscom ou estuda o assunto sabe que existem muitas possibilidades de se trabalhar com marketing para gerar resultados (positivos) para as empresas: Marketing Digital, Marketing Promocional, Marketing de Experiência, etc. O ideal é que tudo isso seja trabalhado de forma integrada.


Durante o workshop do Siscom, Felipe Gazolla, da Ato Interativo, definiu Marketing Digital como o conjunto de ações que as empresas utilizam por meio da internet, telefonia celular e outros meios digitais. Já Marketing Promocional, de acordo com a Associação de Marketing Promocional (Ampro), é uma atividade do marketing aplicada a produtos, serviços ou marcas, que por meio da integração com seu público-alvo, visa alcançar os objetivos estratégicos de construção de marca, ativação de demanda e fidelização. Sobre Marketing de Experiência eu vou escrever mais nos próximos posts, pois é o tema de minha monografia e vou ler um livro só sobre isso. Mas adianto que é muito bacana, é um conceito "novo" e que tem virado o queridinho das grandes empresas, pois, com tanta informação à disposição e com tantos produtos ou serviços iguais, inclusive no preço, o que vai fazer a diferença na escolha do consumidor é a lembrança que ele vai ter da marca, são os atributos intangíveis, as experiências que aquela marca proporcionou para ele.

É claro que para fazer tudo isso é necessária uma equipe de profissionais que tenha conhecimento e prática do assunto. Pode ser uma agência contratada ou a equipe de comunicação e marketing da própria organização - em muitos casos são os dois trabalhando juntos no projeto. Ou seja, o trabalho de marketing deve ser feito por quem entende de marketing.

Mas isso não quer dizer que os responsáveis pelo marketing da empresa são apenas aqueles que trabalham na área. É exatamente isso que quero lembrar aqui. Apesar de ter uma equipe responsável por cuidar da comunicação e do marketing da empresa, pensando nas estratégias que serão adotadas e quais meios serão usados, o marketing é problema de todos, a imagem deve ser preocupação de todos da empresa.

No post anterior, mostrei, de forma descontraída, que o marketing está presente em todos os momentos de nossa vida. No mundo empresarial, o mesmo acontece. Afinal, do que adianta uma empresa investir pesado em marketing se seus próprios funcionários não forem "propagadores" das mensagens que ela quer transmitir? Ou pior, se eles passarem mensagens contrárias? Roger Cahen, no livro "Tudo que seus gurus não lhe contaram sobre Comunicação Empresarial" explica muito bem que uma boa imagem é construída através de filosofias, políticas e, principalmente, atitudes e atividades. Portanto, as atitudes e atividades da empresa e de quem faz parte dela são determinantes para a imagem que será construída e lembrada.

Alguns exemplos práticos para você visualizar melhor: uma empresa se diz socialmente responsável, mas seus funcionários desperdiçam papel e jogam lixo nas ruas; a instituição prega que o cliente é o mais importante, mas ele é recebido por secretárias mal humoradas e não recebe o projeto no prazo estipulado, além de muitas vezes ser chamado, mesmo que pelas costas, de chato; a transparência está entre os valores mais importantes da empresa, mas quando a imprensa a procura, não dá entrevistas e omite informações. Exemplos não faltam, mas o que fica é que antes de investir em "marketing externo", é preciso investir em endomarketing, em comunicação interna. É preciso treinar e motivar a equipe, afinal, muitas vezes a primeira impressão é sim a que fica e contra um boca-a-boca negativo não há publicidade que dê jeito.

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